segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Festival de Cinema Sem Fronteiras retrata semelhanças entre os povos ao redor do mundo



Por Fernando Galuppo
Jornalista e Historiador

Os seres humanos possuem mais semelhanças que diferenças. Com essa abordagem, chega pela primeira vez no Brasil o Festival Internacional de Cinema Sem Fronteiras, que acontece nos dias 18 e 19 de fevereiro no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo.  O evento exibe filmes capazes de evidenciar o quanto as pessoas têm em comum ao redor do mundo.

Em geral, a política, a economia, a religião são fatores que geram desagregação entre as mais diversas culturas. No entanto, o cinema, através do olhar de seus diretores e atores, têm a capacidade de contar histórias que são capazes de superar essas barreiras e diferenças.

Na edição de 2013/2014, o Festival evidencia o tema dos presidiários e tem como tema: ABRE A PORTA/OPEN THE DOOR, que traz à vida na prisão através dos olhos dos detentos que falam sobre suas ansiedades, sentimentos, sonhos e expectativas.      Um dos destaques do festival é o filme italiano “Il Riscatto”, dirigido por Giovanna Taviani, que tem como protagonista Salvatore Striano. A película conta a história da redenção de um detento, que se inspira nas obras de Omero, Dante e Shakespeare para reconstruir a sua vida.

O segundo dia do festival é dedicado ao tema da guerra e da opressão. O filme em exibição, de direção do italiano Gillo Pontecorvo é a "A Batalha de Argel". O filme recria o período da revolução argelina nos anos 50, mostrando o ponto de vista de franceses e argelinos sobre o processo de independência.

Tradicionalmente, em todos anos, o festival sempre dedicou uma atenção especial às mulheres e a violência. Com a projeção ítalo-iraniana “Iran: velada e revelada novamente", dirigido por Firouzeh Khosrovany, o curta-metragem conta a história de mulheres iranianas, por meio de material de arquivo da Cinecittà, além de imagens tiradas do álbum de família do próprio diretor.

Por fim, a seleção Plura+Selection, criada para estimular os jovens de todo o mundo para lidar com questões como a integração de projetos de vídeo, identidade, diversidade, direitos humano apresenta obras da Itália, Austrália e Bélgica.

Além da apresentação dos filmes, o festival traz também mostra artísticas do design Nido Campolongo, apresentação de duo de dança e uma área destinada a enogastronomia.

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