sexta-feira, 24 de maio de 2013

Casa grande e senzala


         Nesta postagem trazemos algumas das aquarelas inseridas do livro "As Velhas Fazendas Paulistas", de 1947, editado pelo Departamento Estadual de Informações de São Paulo.
         Todas as imagens (aquarelas) são de fazendas situadas no município de Campinas-SP.
         Destacamos as aquarelas das casas grandes e das senzalas de seis fazendas diferentes: Anhumas, Camandocaia, Quilombo, Rio das Pedras, Santa Isabel e Sete Quedas.
          "As Velhas Fazendas Paulistas" é mais uma raridade pertente a Biblioteca do Clube Português de S. Paulo.


     "(...) É a nossa intenção ir reunindo um documentário, tão vasto quanto possível, das diversas fases por que passou a lavoura, não só para obter ensinamentos como também para poder discernir, em muitos casos, o 'porque' de processos ou de rotinas usuais até hoje.
      Como o processo da escravidão é o que está o mais distante de nós, julgamos de bom aviso principiar a recolher dados do que ainda resta, enquanto ainda há alguma coisa para se ver.
      O modo que nos pareceu mais interessante para este trabalho vai realizar este trabalho foi o de desenhar as construções típicas daquela época, ainda existentes.






       Para isso presta-se admiravelmente o município de Campinas, centro cafeeiro, já no tempo em que o negro era o braço que mantinha a lavoura. A arte de José de Castro Mendes devemos as aquarelas que ilustram a nossa coleção.
       No período servil, a senzala é uma das identificações. Se toda a organização girava em torno do servo é claro que era preciso alojá-lo de modo adequado. escravo não pode ser mantido em liberdade. Por isso, o curro representa a garantia de permanência do trabalhador na fazenda.
       Mas não se explicaria uma senzala longe das vistas do proprietário. Todas elas se situam nas proximidades ou mesmo fazendo corpo com a casa grande.






     Característica é a existência de um único portão de entrada para o curro, o que facilita a fiscalização. Janelas e portas abrindo para o pátio interno garantem que os que entraram, após um dia de labuta, não sairão, até o romper do outro dia.
       A casa grande era de fato o centro de toda a direção da fazenda. Ali residia o grande proprietário rural com sua família.
      Se não existe um estilo arquitetônico próprio, pelo menos traços gerais idênticos. Residências muitas das vezes assobradadas, nas quais o rés do chão não possuía grande utilização, constituindo antes em local para despejo de coisas e objetos fora de uso. Varandas amplas para amenizar os rigores da soalheira, salões enormes, grande número de quartos, cozinha suficiente para o preparo da alimentação de gente numerosa.".






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